"Não foi um amor esperado, nem mesmo preparado. Não foi sequer
imaginado. Foi num momento tão inusitado que demorei a ver o que sentia.
Sinto no peito uma coisa estranha, tipo quando nos
acrescentam um corpo estranho e demoramos a compreender o que seja. Aos
poucos fui vendo teus olhos, teu abraço, fui vendo você em pequenos
momentos, lembranças...em mim. Não me lembrei como alguém que perdeu
alguma coisa, lembrei, sim, como alguém que sempre teve e nunca entendeu
como.
E se fechos os olhos, nesse momento, enxergo você. E
vejo teus olhos fitando os meus, e vejo nossas bocas em desejo uma a
outra, e vejo nosso abraço que em sutis momentos se completaram. No meu
abraço não faltou espaço...você estava lá. Completando o que eu achava
estar vazio, mas que na verdade só te esperava para ser ocupado.
E agora?!? O que digo?!?!
Adeus, estranho amor?!
E foi estranho, torturante, confuso, insultante...mas foi nosso. Foi meu. Foi teu.
Não
posso tentar esquecer, mas também não posso lutar. Foi o fim do que nem
começou. É que talvez mais valha uma grande amizade segura do que uma
aventura incerta.
Então, o que digo agora?!?
Adeus, estranho amor?!?!
E
se eu fechar meus olhos agora enxergarei os teus. E se abrir as mãos,
sentirei as tuas nas minhas. E se eu deitar no meu vazio, sentirei você
de alguma forma. Então digo: Olha nos meus olhos, veja o que quero te
dizer!
Dizer "Te amo" talvez seja pouco, mas diante de tudo que vivemos é o suficiente.
Então,
seja minha felicidade imensa, meu sorrir intenso, meu sonhar sem
momento, meu querer insensato...seja meu aconchego, mas seja você, seja
eu, sejamos nós...
E não terei medo de perguntar: Então, o que digo agora?!?!
Mas....então, o que digo agora?!?!
Adeus, meu estranho amor!!!!".
Nenhum comentário :
Postar um comentário