domingo, 29 de junho de 2014

O que muda na sua vida quando você mostra para o mundo quem é de verdade

Personalidade própria, definitivamente, é uma virtude. Na era das redes sociais, dos aplicativos de namoro, dos relacionamentos fast-food e das selfies auto afirmativas, esbanjar autenticidade é valentia para poucos. Talvez, porque abrir a janela do coração e mostrar para o mundo quem você é de verdade, o melhor e o pior de si, seus defeitos, qualidades, suas crenças, lendas e contradições exige muito amor próprio e uma dose absurda de coragem. Infelizmente, sinceridade é pássaro engaiolado na vivência do outro. Absolutamente lindo no status do amigo, na foto mascarada do instagram, na bebida “tapa-buraco” da balada e no falso desapego emocional. Mas quando o assunto é a nossa travessia, muitas vezes é bem mais fácil seguir o fluxo coletivo do que assumir as reais consequências de ser, pensar e agir diferente daquilo que é visto por uma minoria como “certo” ou convencional.
O (a) “maria vai com as outras” é facilmente identificável pelo semblante sempre atencioso a tudo que acontece a sua volta, pelo comportamento naturalmente mecânico, pela aceitação involuntária de padrões e pela nítida falta de argumentos perante a uma onda de atitudes repentinas, inesperadas e, definitivamente, injustificáveis. Ele bebe porque todo mundo bebe e não pelo simples prazer de degustar a vodca com energético. Ele termina o relacionamento porque todos os seus amigos decidiram ficar solteiros. Frequenta camarotes badalados para demonstrar quase competitivamente para todos os seus 859 amigos da rede que também está totalmente inserido no universo da ostentação. Decide namorar porque, milagrosamente, todos os seus parceiros de farras se renderam ao amor e não porque a flecha do cupido acertou seu coração. Enfim, esse tipo de gente sem um pingo de individualidade, vive em função do livre arbítrio de um grupo que ele entende como sendo seu e, perde a parcela mais importante do verbo viver: aquela que utiliza do nosso poder de escolha para efetivamente tomar decisões inteligentes e ser feliz.

Não tem nada de errado em se identificar com determinadas filosofias, modelos ou padrões de conduta e em consequência disso mudar sua linha de pensamento, seus caminhos e os passos que serão delineados. Ainda bem que somos todos feitos de carne, osso, vontades, arrependimentos e, sendo assim, completamente mutáveis perante as adversidades e as experiências da travessia. O problema está justamente em seguir determinado tipo de regra de vivência buscando a aceitação de alguém que não seja a si mesmo. O universo fora da nossa zona de conforto deve ser reflexo direto daquilo que nossa essência pulsa por dentro. Qualquer coisa que não satisfaça os desejos do nosso coração e represente em toda a integridade da palavra o nosso caráter, não pode e não deve fazer parte da nossa bagagem. Nada no mundo paga a paz de espírito e a tranquilidade de ser exatamente quem a gente é, sem precisar provar nada pra ninguém. Porque uma vez que se decide seguir as trilhas de uma sociedade modista, efêmera e recheada de contradições, cedo ou tarde se paga o preço de viver uma mentira e uma existência mascarada de submissão. O universo não costuma ser flexível quando manda a conta. Perdem-se oportunidades, pessoas, histórias, o amor da nossa vida. Perde-se a nossa identidade, aquilo que define quem a gente é ali, no cantinho escuro do quarto, quando não tem ninguém olhando.
Se você é feliz sendo marionete dos desejos dos outros, enquanto o mundo lá fora te exige coragem para ser autêntico, ótimo. Agora digo com toda verdade do meu coração, enquanto você continuar saindo para a gandaia quando a fome era de filme e cobertor, desistindo de parcerias bacanas porque sua melhor amiga não teve a mesma sorte que você, bebendo uísque quando sua sede era de um mero refrigerante ou simplesmente optando pelo sul junto com a multidão quando sua vontade era mesmo de conhecer o norte, tudo que vai conseguir é embarcar uma falsa liberdade que no fundo, no fundo, não passa de um medo terrível da tão famigerada solidão.

— Danielle Daian

quinta-feira, 19 de junho de 2014

A incrível geração de mulheres que foi criada para ser tudo o que um homem NÃO quer

Às vezes me flagro imaginando um homem hipotético que descreva assim a mulher dos seus sonhos:
“Ela tem que trabalhar e estudar muito, ter uma caixa de e-mails sempre lotada. Os pés devem ter calos e bolhas porque ela anda muito com sapatos de salto, pra lá e pra cá. Dar uma bolsa cara, doar para um projeto social, fazer uma viagem sozinha pelo leste europeu. Precisa dirigir bem e entender de imposto de renda.Cozinhar? Não precisa! Tem um certo charme em errar até no arroz. Não precisa ser sarada, porque não dá tempo de fazer tudo o que ela faz e malhar.
Mas acima de tudo: ela tem que ser segura de si e não querer depender de mim, nem de ninguém.” Pois é. Ainda não ouvi esse discurso de nenhum homem. Nem mesmo parte dele. Vai ver que é por isso que estou solteira aqui, na luta. O fato é que eu venho pensando nisso. Na incrível dissonância entre a criação que nós, meninas e jovens mulheres, recebemos e a expectativa da maioria dos meninos, jovens homens,  homens e velhos homens.O que nossos pais esperam de nós? O que nós esperamos de nós? E o que eles esperam de nós?
Somos a geração que foi criada para ganhar o mundo. Incentivadas a estudar, trabalhar, viajar e, acima de tudo, construir a nossa independência. Os poucos bolos que fiz na vida nunca fizeram os olhos da minha mãe brilhar como as provas com notas 10. Os dias em que me arrumei de forma impecável para sair nunca estamparam no rosto do meu pai um sorriso orgulhoso como o que ele deu quando entrei no mestrado. Quando resolvi fazer um breve curso de noções de gastronomia meus pais acharam bacana. Mas quando resolvi fazer um breve curso de língua e civilização francesa na Sorbonne eles inflaram o peito como pombos.
Não tivemos aula de corte e costura. Não aprendemos a rechear um lagarto. Não nos chamaram pra trocar fralda de um priminho. Não nos explicaram a diferença entre alvejante e água sanitária. Exatamente como aconteceu com os meninos da nossa geração.
Mas nos ensinaram esportes. Nos fizeram aprender inglês. Aprender a dirigir. Aprender a construir um bom currículo. A trabalhar sem medo e a investir nosso dinheiro.  Exatamente como aconteceu com os meninos da nossa geração.
Mas, escuta, alguém  lembrou de avisar os tais meninos que nós seríamos assim? Que nós disputaríamos as vagas de emprego com eles? Que nós iríamos querer jantar fora, ao invés de preparar o jantar? Que nós iríamos gostar de cerveja, whisky, futebol e UFC? Que a gente não ia ter saco pra ficar dando muita satisfação? Que nós seríamos criadas para encontrar a felicidade na liberdade e o pavor na submissão?
Aí, a gente, com nossa camisa social que amassou no fim do dia, nossa bolsa pesada, celular apitando os 26 novos e-mails, amigas nos esperando para jantar, carro sem lavar, 4 reuniões marcadas para amanhã, se pergunta “que raio de cara vai me querer?”.
“Talvez se eu fosse mais delicada… Não falasse palavrão. Não tivesse subordinados. Não dirigisse sozinha à noite sem medo. Talvez se eu aparentasse fragilidade. Talvez se dissesse que não me importo em lavar cuecas. Talvez…”
Mas não. Essas não somos nós. Nós queremos um companheiro, lado a lado, de igual pra igual. Muitas de nós sonham com filhos. Mas não só com eles. Nós queremos fazer um risoto. Mas vamos querer morrer se ganharmos um liquidificador de aniversário. Nós queremos contar como foi nosso dia. Mas não vamos admitir que alguém questione nossa rotina.
O fato é: quem foi educado para nos querer? Quem é seguro o bastante para amar uma mulher que voa? Quem está disposto a nos fazer querer pousar ao seu lado no fim do dia? Quem entende que deitar no seu peito é nossa forma de pedir colo? E que às vezes nós vamos precisar do seu colo e às vezes só vamos querer companhia pra um vinho? Que somos a geração da parceria e não da dependência?
E não estou aqui, num discurso inflamado, culpando os homens. Não. A culpa não é exatamente deles. É da sociedade como um todo. Da criação equivocada. Da imagem que ainda é vendida da mulher. Dos pais que criam filhas para o mundo, mas querem noras que vivam em função da família.
No fim das contas a gente não é nada do que o inconsciente coletivo espera de uma mulher. E o melhor: nem queremos ser. Que fique claro, nós não vamos andar para trás. Então vai ser essa mentalidade que vai ter que andar para frente. Nós já nos abrimos pra ganhar o mundo. Agora é o mundo tem que se virar pra ganhar a gente de volta.
— Ruth Manus

domingo, 15 de junho de 2014

Mude a lógica quando ela te deixar sem saída,reinvente uma nova vida quando a antiga não for o suficiente pra você.

"Nossas vidas começam a terminar no dia em que permanecemos em silêncio sobre as coisas que importam."
Martin Luther King

sábado, 14 de junho de 2014


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Uma vez me perguntaram o q é um namoro serio? Aproveitando a deixa, gostaria de deixar bem claro... o q sustenta o amor é a admiração mútua. O ter orgulho um do outro. Ter ao lado alguém de bom caráter, humilde de coração, que sonha e se move para realizar todos os seus sonhos e o sonho do seu companheiro, e que acima de tudo, te faça bem , te faça se sentir amada ... Isso é tesão garantido para uma vida inteira... Sobre o resto, tenho dúvidas do que seja amor... Status em redes sociais? Nao passa de status , prefiro ser livre, livre para agir, livre para pensar, livre para ser eu mesma, mas pressa totalmente à um sentimento que só me faz bem, e que aumenta a cada dia... não me importo com pensamentos medíocres que nada me acrescentam. Afinal, será que você entende realmente o verdadeiro significado do que é ter um relacionamento serio de verdade?

É urgente inventar novos atalhos 
acender novos archotes 
e descobrir novos horizontes. 
É urgente quebrar o silêncio, 
abrir fendas ao tempo 
e, passo a passo, habitar outras noites 
coalhadas de pirilampos. 
É urgente içar novos versos, 
escalar novas metáforas 
recalcadas pela angústia. 
É urgente partir sem medo 
e sem demora 
para onde nascem sonhos, 
buscar novas artes de 
esculpir a vida.