Tenho
assombro de contar-me segredos
internos e aí passo noites inteirinhas com a luz acesa, convicta de que
alguma tragédia
pode vir a calhar em qualquer instante. E isso soa até redundante (e um
tanto
quanto egoísta), pois passo muito tempo em vão tentando racionalizar
maus
presságios e tudo aquilo que nem tenho a audácia de pensar. Quando
amanhece, penso
que não é possível que as pessoas sejam tão fortes quanto parecem ser.
Não é
possível ou não é justo comigo, pois tento muitas horas durante o dia e
não
sou. “Qualquer existência de qualquer pessoa é frágil, um descuido e
acaba” - é a única explicação (ou consolo) plausível que, depois de
dias, tentei me convencer: sou assim porque é assim que tenho que ser.
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