Cais de muita nau
Porto de pouco navio
Porão de bacalhau
Vazio...
Pintas com tintas tuas
Pelos becos...pelas ruas...
As casas...
Gritas agudos gritos
Aos granitos
Enegrecidos pelas brasas...
Nas lareiras...
E aos das soleiras...
Maculados pela sombra de asas
De suas aves prisioneiras...
Cais com cal tua
A campa nua
Dos mares...
Gritas graves gritos
Aos granitos
Das pedras tumulares
Dos marinheiros mortos
Nos pertos portos
Dos longes lares...
E endireita-lhes os crucifixos e os retratos... tortos...
Autor: Augusto Manuel Silva Nunes
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